segunda-feira, dezembro 01, 2008

ECONOMIA PÓS-CATÁSTROFE

INJEÇÃO DE ÂNIMO
Para tentar estimular consumidores e lojistas e reanimar a economia, o comércio de Blumenau pretende promover este ano um "mega-natal". Segundo Alexandre Peters, presidente do Sindilojas, R$ 2 milhões já estão garantidos para a promoção, que deve reunir artistas nacionais na cidade.

8 comentários:

Unknown disse...

Estive refletindo sobre esta enchente quando algo me ocorreu:
meu Deus, por favor livre-nos de uma "Novemberfest"!

Anônimo disse...

Esse dinheiro não poderia ser melhor empregado do que simplesmente gerando vendas que não serão maiores por causa dos prêmios? Ou você já comprou ou deixou de comprar um eletrodoméstico só porque o CDL estava sorteando um carro zero quilômetro?

Compra quem precisa, e quem tem dinheir, e não quem quer concorrer a prêmios, seja lá quanto estes valerem...

Se o dinheiro for usado pra pagar show de artistas famosos, tanto quanto pior. O apelo dos acontecimentos com certeza traria vários deles gratuitamente à cidade, além de um show nacional na cidade ter o mesmo tipo de apelo que um sorteio (nulo) nas vendas do comércio local...

Aproveito para lhe pedir uma leitura em minha análise política dos desdobramentos em http://depauleios.wordpress.com.

Abraço!

Anônimo disse...

Estamos atravessando um grande desafio em SC: lidar com a catástrofe das chuvas e deslizamentos. Reconstruir é o nosso verbo. Ser solidário é a atitude mais nobre. Final de ano, tempo de reflexão e agora reconstrução. Hora de barrar o consumismo que nos detona cotidianamente. Mas, li este artigo na REVISTA ISTO E desta semana. Uma grande crítica ao Governador Luiz Henrique e muito plausível. Todos sabemos que ele nunca foi muito verde...leia!

Abraços de reconstrução!!!
IVAN NAATZ

Última Palavra
Marcos Sá Corrêa

Essa Chuva pode ser aviso do céu
O governador de Santa Catarina, Luís Henrique da Silveira, finalmente se convenceu de que anda à solta por aí uma tal de desordem climática. Foi ela, pelo menos, a desculpa que o acudiu para definir o tipo de tragédia que derreteu encostas no Estado e matou dezenas de pessoas. É, governador, essas coisas acontecem.
Talvez sejam em vasta medida inevitáveis. Mas tendem a pegar mais pesado quem estava desprevenido. E, se estiver interessado em conferir o que quer dizer isso, pode folhear o Código Estadual de Meio Ambiente, que sob seu patrocínio está secando, mesmo debaixo de chuva, a caminho da Assembléia Legislativa.
Ele foi saindo cada vez mais torto, à medida que passava por audiências públicas. Pegou o mesmo tipo de resistência que, três anos atrás, defendeu Santa Catarina da criação de parques nacionais em lugares ainda abençoados por florestas de araucárias. Armou-se de dispositivos estranhos, senão agourentos, como a aprovação automática das licenças ambientais, se em 60 dias os técnicos não derem sua palavra final sobre projetos.
Tende a ser uma lei dura. Mas só é dura com aquilo que o governador já chamou na tevê de "oposição meio ambiental". Pode ser coincidência, mas o rascunho está cada vez mais parecido com suas idéias, e, principalmente, com suas idiossincrasias.
Mesmo com a chuva caindo, ele riscou qualquer menção à "vida aquática", na parte referente aos "recursos hídricos". Pois é, trata-se de abrir alas à construção de hidrelétricas. Ele nunca engoliu os argumentos que o impediram de autorizar, como queria, quando prefeito de Joinville, a instalação de uma usina na serra catarinense. E acredita, ou professa, que toda precaução é um instrumento do "medievalismo".
Como nunca esclareceu exatamente o que quer dizer com essa palavra, presume-se que não se trate da Idade Média original, a européia, marcada pela eliminação quase total das florestas no continente, pela transformação dos rios em esgotos fedorentos e por uma guerra milenar contra a fauna silvestre.
O europeu do século XX também se distingue de seus antepassados medievais por ter mais árvores. Ou pela prerrogativa de pescar em rios límpidos no centro de Estocolmo. E até por não dar mais a seus políticos o direito de fazer em público as declarações que o governador faz em entrevistas. Muito menos de governar um Estado que é recordista nacional de devastação da mata atlântica, em nome do "aproveitamento sustentável da natureza" e da ojeriza à "obtusidade".
Não adianta apontar para o céu. As chuvas podem fazer grandes estragos, mas dão e passam. Como nenhuma chuva chove dois mandatos, quase sempre há tempo de sobra para apagar os sinais deixados por sua passagem antes que venha a inundação seguinte. E as obras feitas aqui embaixo tendem a durar mais do que as pessoas que as deixaram.
E, na batida em que vai, o governador Luís Henrique está fazendo o possível para ser lembrado como o político que tomou posse de um Estado invejado nacionalmente pela beleza natural e passou para o sucessor um estado de calamidade pública.
Marcos Sá Correa é jornalista e editor da revista Piauí

http://www.terra.com.br/istoe/edicoes/2039/artigo117703-1.htm

Anônimo disse...

Será que sempre e eternamente seremos "vacas de presépio". Vamos lá pensam os "GESTAPIANOS" Vamos dar para este povo o CIRCO, já que o Pão, e o restante dos itens os "CABOCLOS" do Brasil, estão fornecendo! Circo nêles!!!

Anônimo disse...

Alexandre ! Que façam uma enerme carreta de presentes, pricipalmente para crianças e distribuam estes 2.000.000,00 dentyro de Blumenau. sabe o que acontece ? Pegam-se 2.000.000,00 pagam os caches e ficamos na mesma. Tem razão o anônimo...é pão e circo.

Anônimo disse...

os artistas não cobrarão cachês, segundo informações.

Anônimo disse...

Mentira. Os cachês serão cobrados e depois repassados com algum valor para blumenau. Depois tem as passagens, estadia, custos...e vai dar valsa...vamos todos dançar e pagar a conta. Por que os interessados e os artistas não vieram tirar o lixo e trabalhar junto ? Ressaltabndo. Sobre os cachês quem vai pagar são os comerciantes, os industriais, os micros e pequenos, por intermédio das maracutaias das Associações.

Anônimo disse...

Tudo para manter o consumismo, é assim mesmo, o capital em primeiro lugar. Tudo se direciona para mostrar ao homem que ele está errado, mas este, continua satisfazendo o desejo de consumo, passando seus limites, a natureza massacrada, o ser humano comparado ã números e assim vai, infelizamente para frear a lei do homem atual, somente a força divina, pois o homem se acha poderoso e desrespeita tudo e a todos.