É o último final de semana integral de campanha. No próximo só no sábado existe a possibilidade buscar os votos daqueles ainda indecisos, já sem o apoio da televisão e do rádio. Mas além priorizar o corpo a corpo, os candidatos disponibilizam parte do tempo para planejar a estratégia para o debate da Ric Record neste domingo, às 20h30. Para Décio Lima e Ivan Naatz o debate assume caráter decisivo e caberá a João Paulo Kleinübing estar preparado para os torpedos que deve receber. Imagino que seja assim, se bem que Naatz deve bater também no petista.
EU GARANTO!
No seu programa de TV, o candidato da Coligação Salve Blumenau reafirmou o estilo propositivo, falando de seus principais projetos, com o seguinte bordão: “Eu posso e vou fazer”. Entre as propostas, a instalação de farmácias populares nos terminais, passe livre para estudantes da rede pública municipal, cheque-saúde e a creche social privada.
ALVO
É claro que Naatz sonha que possa canalizar os votos de quem não quer João Paulo ou Décio e assim ir para o segundo turno. Mas quer mesmo consolidar-se no imaginário do eleitor enfatizando uma série de propostas de apelo popular, todas boas, mas algumas com a viabilidade questionável. Visando 2010. Resta saber se as urnas respaldarão este projeto.
EXIBINDO FORÇA
Na reta final o programa da Coligação Faz Blumenau Mais Forte deu nome aos bois, com João Paulo apresentando suas as principais propostas (ponte do Badenfurt, viaduto da Via-Expressa, três unidades de pronto-atendimento nos bairros, abertura de 1000 vagas por ano, são algumas que me lembro) e com depoimentos de pesos pesados da política local e estadual. Falaram os ex-prefeitos Renato Vianna e Félix Theiss, Casildo Maldaner, Jean Kuhlmann, João Pizzolatti, Leonel Pavan e Raimundo Colombo.
PLANEJAMENTO
O tom foi este. Eu já fiz, agora apresento minhas propostas e ainda por cima tenho os “iluminados” ao meu lado. Bem feito e dentro da estratégia planejada desde o começo da campanha. Como ainda não falaram o governador Luiz Henrique, o ministro das cidades Márcio Fortes e nem Jorge Bornhausen, imagino que novos depoimentos devam reforçar esta linha propositiva que deve nortear a campanha de João Paulo até o final.
BATENDO
O programa da Coligação Blumenau de Todos já saiu pegando forte, extraindo das propostas do plano de governo de João Paulo na campanha anterior promessas não cumpridas. Claro, pegando forte na saúde. “Quem é o candidato da mentira? Das falsas promessas?” Também exibiu o quadro “A Vida Real”, criado para responder ao “Gente Que Faz”, explorando o que seriam diferenças no atendimento dos agentes do Programa Saúde da Família nas duas administrações.
MATO SEM CACHORRO
As pesquisas apontam a vitória de João Paulo e o que resta a candidatura petista é forçar o segundo turno para criar uma nova eleição. Na televisão a estratégia é tentar “desmascarar” o adversário. Tem gente que acha que isto pode ser um tiro no pé. Mas não vejo alternativa diferente a ser adotada nesta altura do campeonato. A estratégia foi equivocada no começo da campanha e quando a coordenação percebeu estava atrás nos levantamentos dos mais diversos institutos, independente da diferença de resultado entre eles.
DILMA
Na próxima segunda-feira o programa de Décio Lima deverá contar com depoimento da ministra-chefe da Casa Civil, Dilma Roussef, que discursou para um bom público na noite de sexta-feira, no Clube de Caça e Tiro Blumenauense. O evento tinha um caráter mais de mobilizar a militância do que angariar votos, visto que a maioria, se não todos, são eleitores de Décio Lima.
PARA ENCERRAR
Não posso deixar de falar em uma coisa que me incomodou bastante do programa de JPK, por eu conhecer bem o assunto. Na reportagem sobre educação, a Viviane Wagenknecht abre falando do desabamento da quadra da Escola Fernando Ostermann, ocorrida em janeiro de 2006. Relembra, com propriedade, que a quadra caiu um ano e meio depois de ser construída, ou seja, na gestão de Décio. Para em seguida dizer que consertou as obras mal feitas pelo adversário. Mentira, pelo menos no caso da escola Fernando Ostermann, localizada no bairro Boa Vista. Dois anos e sete meses depois de cair, as crianças continuam sem quadra. E o que é pior. Ninguém foi responsabilizado, independente de ser deste governo ou do outro. Porque?
REFLEXÃO
Sabe aquele ditado que papel aceita tudo? Isto até passa...O problema é o eleitor aceitar.